O que você emite?

09:27

“Em tempos de embustes universais, dizer a verdade se torna um ato revolucionário.” George Orwell 

É difícil acreditar que por trás de todo sentimentalismo e esperança há a constatação de que em realidade estamos todos sozinhos, lutando contra o "invisível" (o que não entendemos direito, temos medos...) a todo segundo em busca de um lugar no mundo, no universo. 

O mundo que construímos sob ruínas, vem desmoronando e assustando, transformando sonhadores em temerosos. Os discursos permanecem firmes, com um vislumbre utópico do futuro. Diria ainda mais, as palavras estão sem significado e sem sentido, são tiradas ao vento como quem não tem mais nada a perder, e o que vier é lucro.
No final do dia a gente contabiliza nossos ganhos e perdas, só na expectativa de não ter perdido nada de tanto valor, sendo que nem valor enxergamos mais nas coisas...

Esses dias, assim, são cansativos e pesados, desanimam o pouco que ainda nos sobra. Como lutar contra nossos próprios demônios refletidos no dia-a-dia e nas pessoas? Como sermos fortes o suficiente para sermos o melhor que nós podemos ser para guiar essa outra parte que caiu desolada a tempos?

Acho, particularmente, que não tem fórmula específica; temos alguns elementos potenciais que a gente precisa cativar se quiser vencer, ou pelo menos sobreviver, nessa luta diária, como: coragem, empatia, sinceridade, capacidade de sonhar, determinação, memória (tanto para os erros, quanto para os acertos...), um treinamento todo voltado para o fluxo de um pensamento mais leve e real... Entre outros que parecem poéticos e meramente ilusórios, mas no fundo, são essenciais a todos que respiram por ai.

Quero me tornar aquela pessoa que tira do pior, o melhor e ainda sabe sorrir verdadeiramente; não é tão simples assim, e ainda parece coisa de louco, eu sei. Mas eu acredito mais na humanidade. Vou ser ainda mais egoísta e menos modesta... Eu acredito bem mais em mim, e vou me desafiar todos os dias, até o último da minha vida. Não vou me contentar com pouco, não vou ficar com medo a beira do abismo. Afinal, já estamos lá, é nossa escolha, junto com algumas variáveis semi-manipuláveis, se vamos cair ou não; e se formos cair, o que estamos levando conosco? Valeu a pena a caminhada e também a queda? Será que depois do tombo, ainda é possível recomeçar? Por que se for, conte comigo!

Florir o mundo vai muito além de gritar pro mundo palavras de ordem, bom senso e de esperança falsa; esse trabalho tem todo um esquema individual de crescimento que reflete automaticamente no mundo. Quando você faz algo bom e se sente bem, tudo se potencializa, assim como está acontecendo com as coisas ruins. Toda ação tem uma reação.

Não estamos lá muito acostumados a nos sentirmos bem com o "bem", em nos preocuparmos com os outros... Mas podemos aprender, e aprender também é divertido. No começo não, porque nos desafia, e no fundo não achamos que somos capazes, sempre achamos que vão nos julgar, quando na verdade, somos os primeiros que fazemos isso; e como uma auto-defesa justificamos com coisas absurdas, tantas mais absurdas ainda, por simples medo de ser diferente.

A Coca-cola com certeza pega pesado no marketing, tem uma estratégia de vendas... Mas em uma coisa está certa, a frase: "Presenteie o mundo com o que você tem de melhor!" pode salvar o mundo, um dia de cada vez.

É aos poucos que a vida vai dando certo, porque a presa? Tem horário marcado para a outra dimensão? A viagem espera, de todo modo. Você tem muito o que fazer ainda, e mal começo; por favor, não torne a caminhada pesarosa, quando ela não o tem de ser. Aproveite cada passos, colha o que tem de melhor no caminho e transforme o que não brilha mais, o que tem um lado danificado... Modifique-se e inteire o caminho, faça parte dele, não o destrua e nem o deixe passar em branco.

Eu me nego a ser só mais uma na multidão, eu sei que nasci para ser mais. Nasci para ser diferente de tudo o que já existe, e vou fazer jus aos meus desejos, darei cor a vida que eu quero levar. O mundo, de fato, já me parece mais bonito.

Na verdade, a revolução começa de dentro de nós.

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